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Diálogo com as atletas... Joana Cruz

Foto do escritor: BASQUETEBOL FEMININOBASQUETEBOL FEMININO

Figura de destaque na 1ª Divisão Feminina, conquistou recentemente a subida à Liga Feminina.


Joana Cruz tem 26 anos e é extremo/poste do Guifões Sport Clube!


Neste momento, conta com 24 jogos realizados e é a jogadora com mais ressaltos da competição, apresentando uma média de 15,5 ressaltos, ainda 12,4 pontos, 2,8 assistências, 2,9 roubos de bola e o,5 desarmes de lançamento em 36 minutos de jogo.


Vamos então conhecer a número 3 do Guifões SC!


BI:

Nome Completo: Joana Isabel Teixeira da Cruz

Data de nascimento: 22/10/1992

Posição: Extremo/ Poste

Clube: Guifões SC


1. Como começou o teu percurso no basquetebol?

JC: Diria que começou “por acaso”. Até aos meus 11 anos pratiquei natação de alta competição e após uma saída forçada (clube terminou com a modalidade), acabei por ir parar ao pavilhão do Académico, a 5 minutos de minha casa, e como estava a haver um treino de basquetebol, por ali fiquei. Confesso que na altura preferia ter ido para o futebol.


2. E a paixão pela modalidade?

JC: No início estranha-se, mas depois entranha-se. Foi treino-a-treino que o interesse deixou de ser, ter a bola nos pés e passou a ser, ter a bola nas mãos. E, rapidamente virou “B-Ball is life”.


3. Qual o momento mais marcante como jogadora?

JC: No meu percurso enquanto jogadora muitos foram os momentos marcantes e inesquecíveis pelos quais já passei. Mas destaco: campeonato europeu de sub-20 na Macedónia em 2011, em que Portugal subiu pela 1ª vez à divisão A, sendo vice-campeão da Europa divisão B; 1ª chamada à seleção nacional sénior; e, jogo pela seleção nacional sénior contra Israel, no pavilhão Municipal de Guifões.


4. Qual a pessoa que mais te marcou a nível basquetebolístico?

JC: Era para mim injusto destacar uma pessoa que mais me marcou. Como podemos ler no Principezinho “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” e, no Basquetebol também é assim. Todos os treinadores com quem já tive a oportunidade de trabalhar me marcaram. Todas as minhas companheiras de equipa me marcaram e marcam diariamente. Todos aqueles jogadores e jogadoras que eu idolatrava quando era sub-14 e sub-16. Todos os seccionistas, fisioterapeutas, atletas de outros escalões e mesmo adversários.


5. Qual a frase que mais te marcou no teu percurso?

JC: “If you want to succeed as much as you want to breathe, then you will succeed!”




6. Qual foi o adversário mais difícil que defrontaste? Porquê?

JC: Todo aquele adversário que lute por todas as bolas, que seja atlético, que goste de defender, que goste de contacto e que me tire da minha zona de conforto é o “adversário-tipo” que eu mais gosto de jogar contra. Por estas razões, correndo o risco de me esquecer de algumas atletas, posso elencar: Jasmine Player, Ashley Bruner, Márcia Costa, Kristen Mann, Ana Moura e, apesar de não ter defrontado esta época (por lesão da jogadora) acrescentaria a Annelise Ito.


7. Qual o clube que mais te marcou? Porquê?

JC: Todos os clubes por onde passei (Académico FC, Lousada AC, CPN e Guifões SC) me marcaram das mais diversas formas. Contudo, destacaria o Académico, por ter sido a minha 1ª casa, onde aprendi a jogar, onde cresci durante 11 anos enquanto atleta e pessoa. E, destacaria também o Guifões, por ter sido o clube onde voltei a sentir-me novamente em casa. É um clube com uma alma e coração diferentes de tudo e de todos.


8. Em jogo, o que mais te dá gozo fazer?

JC: Sem qualquer dúvida, ganhar ressaltos.


9. Tens algum exercício de treino preferido? Qual?

JC: Todos os exercícios que imprimam intensidade sou particularmente fã. Destacaria exercícios de 2x2/3x3 defesa campo todo com 2x1 no portador da bola (salta e troca) ou contra-ataque de 11, com a particularidade de quem ganhar o ressalto (seja atacante ou defensor) segue para o ataque.


10. Em que te consideras mais forte e qual o ponto que gostavas de melhorar?

JC: Considero-me uma atleta que “tem uma fome de bola” absurda e que não dá por perdida nenhuma bola, deste modo acredito que traduzindo o meu ponto forte diria os ressaltos. Quanto ao ponto que gostaria de melhorar são muitos. Sou uma atleta sempre insatisfeita e motivada para melhorar sempre a cada treino. Neste momento, estou particularmente empenhada em melhorar o meu tiro exterior.


11. Durante o jogo que referiste contra Israel, houve um momento em que o pavilhão gritou em uníssono pelo teu nome, como foi ser acarinhada dessa maneira?

JC: Confesso que inicialmente não compreendi o que estavam a gritar, até israelito me pareceu. Quando as minhas colegas disseram que era “Joana Cruz” foi uma sensação inesquecível. Nada melhor do que estar a concretizar um sonho (jogar pela seleção nacional sénior) no “meu” pavilhão e com as “minhas” pessoas.

Um momento único e que marcou a minha carreira basquetebolística.




12. Conseguiste esta época com o Guifões a subida à liga, como te sentes por essa conquista? Qual o nível de trabalho/treino que tiveste para atingir esse patamar?

JC: Era um objetivo que já há 2 épocas nos escapava e, como é óbvio foi uma alegria enorme termos finalmente alcançado o que tanto ambicionávamos. A única receita para atingir este patamar foi e continua a ser o nosso TRABALHO! Trabalhamos muito, muitas horas e com muita qualidade. Empenhadas a 200%, motivadas a 300% e acima de tudo, como EQUIPA a 1000%.


13. Quando se fala no Guifões, fala-se, invariavelmente da Joana Cruz, sentes-te como a a "alma" da tua equipa?

JC: Não me sinto de todo dessa forma, nem quero ser vista como tal. Esta equipa tem uma alma própria que transcende a “Joana Cruz”. Sou parte integrante de uma equipa e não o símbolo desta equipa. Apenas a mim, como atleta e capitã cabe-me dar o meu melhor e ajudar a minha equipa a atingir os objetivos a que nos propusemos.


14. Sentes que és uma inspiração para as tuas colegas de equipa e para as camadas jovens?

JC: Creio que a minha entrega, exigência para comigo e para com os outros e ser obcecada pelo trabalho são motivos de inspiração. Por isso acredito que, de certa forma, inspiro os atletas mais jovens e as minhas colegas de equipa, tal como elas me inspiram a mim.



15. Colaboras ou já pensaste colaborar no trabalho que é feito com as camadas jovens?

JC: Ainda como atleta do Académico, fui treinadora-adjunta das sub-19 e foi uma experiência incrível. Sinto que adoraria poder ser treinadora e investir nesta área mas, infelizmente, por questões profissionais, pelo menos enquanto jogar, tenho consciência que é humanamente impossível. Não obstante, estou sempre disponível para colaborar consoante a minha disponibilidade.


16. Qual o teu maior sonho basquetebolístico?

JC: Ser chamada à seleção nacional sénior. Sonho realizado!


17. Como és fora dos pavilhões?

JC: Arrisco-me a dizer praticamente o oposto que sou em jogo (ahahah). Serena, amiga e brincalhona.

18. Tens algum sonho a nível pessoal?

JC: São muitos os sonhos/objetivos pessoais que tenho, mas destaco o seguinte: fazer voluntariado enquanto Enfermeira num país subdesenvolvido.


19. Qual a pessoa que mais te marcou na vida?

JC: O meu tio Couto. Por me ter ensinado a nunca desistir dos meus sonhos, por me ter apoiado sempre no desporto e por ser sempre aquela estrelinha que me faz ter forças para lutar sempre, independentemente das dificuldades.


Questões rápidas:


1. Define o basquetebol numa palavra

JC: FAMÍLIA.


2. Qual é a tua cor favorita?

JC: Amarelo.


3. Qual o teu prato favorito?

JC: Desde que tenha massa por mim está perfeito.


4. Qual o teu filme favorito?

JC: Tantos. The Greatest Showman, Bohemian Rhapsody, Rei Leão, The Hunger Games, Coach Carter, etc.


5. Qual a tua música favorita?

JC: Oiço todo o tipo de música dependendo do meu estado de espírito. Algumas delas: Trem-bala Ana Vilela, Talk is Cheap Chet Faker, Burguesinha Seu Jorge, Happy day Deejay Telio, Ouvi Dizer Melim, Alt-J Taro, Nobody´s perfect Jessie J, etc.


Muito obrigada Joana Cruz pela tua disponibilidade e colaboração!


Quanto a ti, caro leitor, ficamos à espera do teu feedback quanto a esta entrevista, bem como de sugestões quanto às nossas próximas entrevistadas.

Até à próxima, fica atento!



216 visualizações1 comentário

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1 comentario


amiguelqueiroz
28 abr 2019

Um bom exemplo... Parabéns

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